Em 24 horas, número de assinaturas dobrou e já chega a 66. Os blocos denunciam ações arbitrárias e marqueteiras do governo Zema no carnaval de BH e pedem que Ministério Público Estadual e Defensoria Pública investiguem eventuais irregularidades na distribuição de patrocínio
Já são 66 o número de blocos carnavalescos que assinaram o manifesto intitulado “Por um Carnaval Plural e com Fomento pra Geral”, que denuncia arbitrariedades e apropriação política por parte do governo estadual de Romeu Zema (Novo), no carnaval de Belo Horizonte. Os organizadores repudiam práticas que vão desde o incentivo à violência policial até o uso questionável dos recursos da Lei de Incentivo à Cultura, e pedem investigação do Ministério Público Estadual e da Defensoria Pública.
O grupo, composto por blocos tradicionais da cidade, como Então, Brilha!, Mama na Vaca, Magnólia, Corte Devassa, Unidos do Barro Preto, Transborda, Manjericão e Masterplano (veja lista completa), aponta diversas irregularidades cometidas pelo governo estadual. Entre as principais queixas estão o suposto estímulo à violência policial durante as festividades, o uso eleitoreiro dos recursos da lei de incentivo e a falta de transparência nos processos de destinação de verbas.
Em entrevista ao portal Mídia Ninja, Jana Macruz, uma das idealizadoras do Bloco do Manjericão, destacou a importância de investimentos no carnaval, mas ressaltou a preocupação com a possibilidade de privatização da festa e a falta de diversidade nos investimentos. “O perigo de deixarmos de ter uma festa democrática e plural, tendo apenas investimento no carnaval dos trios e dos cordões em BH, é real”, afirmou.
Outra questão levantada pelo grupo é o posicionamento do vice-governador Mateus Simões, que, segundo eles, deu aval para uma atuação agressiva da Polícia Militar no carnaval. Rafa Barros, integrante do Filhos de Tcha Tcha, afirmou: “O vice-governador incentivando a PM a jogar spray de pimenta nos foliões é um absurdo! Não demora vamos voltar a viver a perseguição à liberdade e à espontaneidade da festa pelos agentes públicos!”
O manifesto será encaminhado ao Ministério Público Estadual e à Defensoria Pública, solicitando a investigação das irregularidades mencionadas. Os blocos exigem, entre outras medidas, a distribuição transparente dos recursos públicos destinados ao carnaval, a apuração de possíveis irregularidades na utilização da Lei de Incentivo à Cultura e o estabelecimento de canais efetivos de diálogo entre os poderes públicos e a sociedade civil para definir as diretrizes do carnaval de Belo Horizonte.
Leia o manifesto e veja os blocos que estão apoiando a iniciativa: Por um carnaval plural e com fomento pra geral
Fonte: Mídia Ninja
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