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Veto de Zema prejudica abastecimento de água a mais de 70 mil mineiros

Na porta da Assembleia de Legislativa, manifestantes pediam a derrubada do veto do governador

Veto de Zema à expansão de Fechos
Fotografia: Glenio Campregher

Nesta quinta-feira, 1º de fevereiro, um ato foi realizado em prol da derrubada do veto do governador Romeu Zema (Novo) à expansão da Estação Ecológica de Fechos,  localizada em Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte. 

Em dezembro de 2023, em sessão histórica da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o PL nº 96/19 (proposição de lei 25.628/23), de autoria da deputada Ana Paula Siqueira (Rede), que trata sobre a expansão de Fechos, foi aprovado por unanimidade dos parlamentares. Porém, ignorando a vontade popular, Zema vetou a proposta e ainda emitiu um decreto que amplia a estação, mas com outro desenho, entregando uma importante área para a mineração. 

A estação de Fechos possui 602 hectares, com espécies de Mata Atlântica e Cerrado, 15 nascentes e uma rica biodiversidade de fauna e flora. A área é responsável por aproximadamente 70% da água da Estação de Tratamento de Água (ETA) Morro Redondo, que abastece a região.

O projeto, construído ao longo de uma década em conjunto com a sociedade civil, visa à expansão e à preservação de 222 hectares de biodiversidade, sendo 62,7 de florestas e 145,9 de campos de transição entre Cerrado e Mata Atlântica, e quatro novas nascentes, garantindo água de qualidade para mais de 70 mil mineiros.

Justificativa do veto

A justificativa do governador menciona “potencial econômico” da área, referindo-se aos interesses de empreendimentos minerários. Não por coincidência, há um estudo, realizado pela mineradora Vale, com o objetivo de expandir a Mina Tamanduá, vizinha de Fechos.

Zema, mais uma vez, mostra a lógica perversa de seu governo. Amigo das elites e das mineradoras, ele é inimigo declarado do meio ambiente e da população mineira. 

O Bloco Democracia e Luta continua na resistência às maldades de Zema, na defesa da proteção da área ecológica e por um modelo de desenvolvimento econômico sustentável. Agora, o próximo passo é a formação de comissão na ALMG para avaliar o veto. A expectativa é revertê-lo no legislativo, a partir do diálogo com os parlamentares de toda a Casa.

Coragem para resistir, união pra construir!

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