Bloco Democracia e Luta quer garantir de que nenhum servidor do Estado receba menos do que um salário-mínimo – realidade de mais de 60 mil trabalhadores atualmente, além de recomposição salarial para todas as carreiras do Poder Executivo

Enquanto o governador Romeu Zema (Novo) ignora a luta dos servidores públicos de Minas Gerais e avança com sua política de desmonte e desvalorização, o Bloco Democracia e Luta segue se mobilizando para assegurar os direitos desses trabalhadores.
A garantia de que nenhum servidor do Estado receba menos do que um salário-mínimo é uma questão de justiça para os mais de 60 mil servidores mineiros que estão nesta condição atualmente. Além de inconstitucional e imoral, a situação gera consequências graves para os trabalhadores e trabalhadoras, que ficam impedidos de acessar direitos e benefícios, como aposentadoria, auxílio-doença e licença-maternidade. Corrigir essa injustiça é uma proposta que o bloco de Oposição continuará defendendo nas votações desta semana, além da recomposição salarial para todas as carreiras do Poder Executivo.
Nesta terça-feira (05/05/25), o Bloco voltou a apresentar na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) emendas ao Projeto de Lei 3503/2025, que trata da recomposição salarial para os profissionais da Educação. Mais uma vez, o governo Zema derrubou as tentativas da Oposição de garantir os direitos dos trabalhadores. A primeira autorizaria o Executivo a estender os 5,26% às demais carreiras de servidores públicos estaduais. A segunda proibiria o pagamento de vencimentos inferiores a um salário-mínimo no Estado – atualmente a realidade de mais 60 mil profissionais.
A luta agora é no Plenário!
Apesar de barradas na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, as emendas ao PL 3503/2025 continuam sendo a oportunidade de continuar na luta e na resistência pela valorização dos servidores mineiros, já que o governo Zema afirma que não há previsão de qualquer reajuste para 2025.
Nesta quarta-feira (07/05), a batalha será no Plenário da Assembleia, onde haverá votação em segundo turno. A primeira reunião extraordinária está marcada para 10h.
“Nós precisamos sair dessa situação vergonhosa de um Estado que paga a seus servidores menos do que um salário-mínimo. E quantas vezes forem necessárias falar sobre isso, quantas emendas tiverem que ser apresentadas em projetos do governo para proibir essa situação absurda, nós o faremos”, declarou a deputada Beatriz Cerqueira ao citar alguns dos mais de 60 mil profissionais mineiros que, atualmente, têm remuneração inferior ao salário-mínimo. “Estamos falando de pessoas que prestam serviço à população, de uma auxiliar de serviço que limpeza na escola, que cuida da merenda, que recebe os estudantes na escola. Estamos falando de servidores da saúde, sem contar todas as demais carreiras que hoje estão nesta situação vergonhosa em Minas Gerais”.
A parlamentar também garantiu que a luta para uma recomposição para todos os demais servidores do Estado vai continuar. “Quando o estado não dá ao seu servidor sequer a recomposição da inflação, isso é muito grave, por isso a gente vai persistir nesta pauta também”, afirmou Beatriz Cerqueira.