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Lei Rafaela Drumond, que coíbe assédio contra servidores, é aprovada na Assembleia

A proposição aprovada em 2º turno é de autoria do deputado Professor Cleiton (PV) e dará origem à lei que homenageia policial civil que morreu em 2023

Lei Rafaela Drumond que coíbe assédio contra servidores é aprovada em 2º turno
Pais da Rafaela Drumond ao lado do deputado Professor Cleiton, autor do projeto. Alexandre Netto / ALMG

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou, em 2º turno, o Projeto de Lei Complementar (PLC) 26/23, conhecido como Lei Rafaela Drumond, que visa coibir o assédio moral no serviço público estadual. De autoria do deputado estadual do Bloco Democracia e Luta, Professor Cleiton (PV), a proposta foi aprovada durante a Reunião Ordinária de Plenário, nesta quarta-feira (11/12/24).

A lei homenageia Rafaela Drumond, que era escrivã da Polícia Civil em Carandaí, na Zona da Mata. Rafaela cometeu suicídio em 9 de junho de 2023, na casa dos pais, no distrito de Pedra do Sino, em Antônio Carlos. Antes de sua morte, ela havia denunciado casos de assédio moral e sexual por meio de áudios e vídeos enviados a amigos e relatados a superiores.

“O objetivo desse PL é corrigir uma brecha que havia no Estatuto do Servidor, a Lei 869, que foi publicada em 1952. O Estado errou com Rafaela ao não perceber o que acontecia com ela, uma jovem cheia de vida, cujos sonhos foram interrompidos por conta de ameaças vindas de pessoas em um patamar hierárquico maior”

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Deputado Estadual Professor Cleiton (PV)

Na forma em que foi aprovado, o PLC 26/23 altera o Estatuto do Servidor Público Estadual, incluindo entre as condutas vedadas a prática de assédio moral. O projeto define assédio moral como uma conduta repetitiva que visa atingir a autoestima ou estabilidade emocional de servidores e empregados públicos. Também estabelece penalidades, como a possibilidade de demissão do servidor que praticar atos configurados como assédio moral.

O parlamentar justificou o projeto citando o aumento de casos de doenças relacionadas ao trabalho, afastamentos e suicídios no serviço público. Segundo ele, a Lei Rafaela Drumond busca garantir que tragédias como a da policial civil não se repitam.

Os pais de Rafaela, Zuraide e Aldair Drumond, estiveram presentes na sessão e se emocionaram durante a votação. O deputado Professor Cleiton destacou o simbolismo da aprovação da lei: “Nenhuma lei vai fazer com que Rafaela volte. Mas o nome dela não será esquecido. Agora teremos uma lei para que nunca mais tenhamos assediadores no serviço público”.

Com a aprovação em dois turnos na ALMG e sem alterações em relação ao texto original, o PLC 26/23 segue para a sanção do governador. Se sancionada, a Lei Rafaela Drumond entrará em vigor como um marco na proteção dos direitos dos servidores públicos e no combate ao assédio moral no ambiente de trabalho.

*Matéria elaborada com informações da ALMG

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