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Gafes e ofensas: relembre frases do governador Romeu Zema que envergonham Minas Gerais

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Foto: Reprodução/VideoPress Produtora

A vida política do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), tem sido marcada por gafes e ataques à democracia. Inábil politicamente, o chefe do Executivo coleciona frases polêmicas e grotescas, que se intensificaram desde o início deste ano e ganharam destaque na imprensa e nas redes sociais, envergonhando o povo mineiro.

A última de Zema foi nesse sábado (05/08). Em entrevista ao jornal Estadão, o governador defendeu a criação de uma frente do Sul e Sudeste contra o Nordeste, comparando o Norte e Nordeste à “vaquinha que produz pouco”. A fala xenofóbica e separatista gerou revolta e forte rejeição. Nas redes sociais, Zema foi alvo de críticas de líderes políticos de esquerda, centro e até da direita.

O colecionador de polêmicas. A quem interessa?

As falas polêmicas de Zema já não são novidade e despertam dúvidas sobre a real intenção do governador mineiro, que já ensaia sua corrida rumo às eleições presidenciais de 2026 e, para isso, tenta conquistar os eleitores do ex-presidente Bolsonaro. Além disso, Romeu Zema tem articulado a aprovação, com êxito, de medidas impopulares que beneficiam seus próprios interesses.

Relembre algumas gafes que envergonham o povo mineiro:

Ouvo muito bem”

No dia 20/03/2020, o político participava de uma entrevista ao vivo na CNN Brasil, quando foi questionado pela âncora Monalisa Perrone se ele estava ouvindo bem as perguntas, e a resposta foi: “Ouvo muito bem”. Os internautas não perdoaram o erro grotesco e então começaram as críticas e memes.

Apologia à escravidão

Em fevereiro de 2022, gerou revolta no estado inteiro um vídeo em que o governador Romeu Zema disse que nos vales do Mucuri e do Jequitinhonha se “contrata uma empregada doméstica para ganhar 300 reais por mês”, numa clara apologia ao trabalho análogo ao de escravo.

Adélia Prado

Uma das gafes mais marcantes foi quando o governador de Minas Gerais foi presenteado com um livro de Adélia Prado, em uma rádio de Divinópolis, Centro-Oeste do estado. Ao receber o exemplar, ele perguntou: “Ela trabalha aqui?”.

A escritora mineira Adélia Prado é um dos maiores nomes da literatura nacional, com mais de 20 livros publicados e várias premiações.

Mais um episódio de xenofobia

Em junho deste ano, durante evento de governadores, em Belo Horizonte, Zema disse que no Sudeste e no Sul “há uma proporção muito maior de pessoas trabalhando do que vivendo de auxílio emergencial”

Ao contrário do que o governador disse, a maioria dos estados tem mais pessoas com carteira assinada do que recebendo auxílio, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Zema chama Inconfidência de golpe

No dia 21 de abril, feriado de Tiradentes, uma publicação do governo de Minas Gerais descreveu a Inconfidência Mineira como um “golpe” e afirmou que os inconfidentes não confessaram os crimes. “Temendo as consequências do golpe à Coroa Portuguesa, os inconfidentes não confessaram seus crimes”, disse no post, que afirmou, ainda, ser Joaquim José da Silva Xavier o único a assumir o erro, tornando-se o Mártir Tiradentes ao receber a pena mais dura.

Do inferno ao paraíso”

Já no dia 29 de abril, Romeu Zema parece ter se esquecido que é ele o governador de Minas Gerais há mais de quatro anos. Em evento ao lado do governador paulista, Tarcísio de Freitas, Zema criticou a situação das estradas mineiras comparando-as com as estradas de São Paulo. Na declaração, Zema disse que sente que vai “do inferno ao paraíso” quando deixa o estado rumo a São Paulo pelas rodovias mineiras. O governador disse ainda que “sempre sentiu vergonha” das estradas de Minas Gerais.

A fala repercutiu no meio político e nas redes sociais, com duras críticas ao governador que foge das suas responsabilidades. Minas Gerais tem a maior malha rodoviária do país. A maioria está em condições intransitáveis devido ao abandono do governo mineiro, nos últimos anos.

Fascismo e tirania

No último dia 01/07, após Bolsonaro ficar inelegível, Zema compartilhou frase assinada por Benito Mussolini, ditador italiano e líder do fascismo. “Fomos os primeiros a afirmar que, quanto mais complexa se torna a civilização, mais se deve restringir a liberdade do individuo. Benito Mussolini”, escreveu o político mineiro.

Já no dia 23/07, Zema volta a publicar citação polêmica, associa a democracia à tirania. “Democracia é o direito das pessoas escolherem o próprio tirano”, escreveu Romeu Zema.

Posa de perseguido enquanto passa a boiada

Afinal, o que está por trás das frases repulsivas de Zema? Ignorância ou método? A verdade é que enquanto coleciona gafes e polêmicas, Zema adota medidas impopulares que geram prejuízos e retrocessos para o povo mineiro.

Dentre os projetos já aprovados pelo governo e medidas adotadas pelo Executivo, neste primeiro semestre, estão aumento do próprio salário em 300%; isenção bilionária para principal doador de campanha do Novo; aumento dos benefícios fiscais para amigos empresários para R$13 bilhões; estrada para o rancho particular da família Zema; criação de secretarias e o dobro de gastos com publicidade; 18 ex-candidatos do Novo no Governo, dentre outros.

Nesta segunda-feira (07/08), a Itatiaia revelou que o governo Zema estuda criar uma 2ª vice-presidência no Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) para nomear o ex-secretário Igor Eto.

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