Dívida pública de Minas aumentou cerca de 40% durante o governo Zema e já é superior a R$ 165 bilhões
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vai realizar, nos dias 26 e 27 de outubro, o Ciclo de Debates Endividamento de Minas Gerais. O evento vai reunir autoridades e especialistas para discutir o crescimento da dívida e caminhos viáveis para o seu o equacionamento, evitando o iminente colapso das contas públicas. A iniciativa partiu do deputado estadual Lucas Lasmar (Rede) e recebeu o apoio de todos os deputados e deputadas do Bloco Democracia e Luta.
A programação começa na quinta-feira (26), às 9 horas, com a mesa de abertura. Às 10 horas, está previsto o primeiro painel, que terá como tema a evolução do endividamento de Minas Gerais. Os impactos da dívida nas políticas públicas vão pautar o segundo painel, a partir das 14 horas.
Na sexta-feira (27), às 9 horas, o terceiro painel abordará a arrecadação do Estado, com foco na Lei Kandir, nos benefícios fiscais e na reforma tributária. Às 14 horas, no último painel, as discussões se darão em torno das soluções propostas – o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e as alternativas possíveis.
O evento será no Auditório José Alencar e os interessados podem fazer a inscrição on-line, até o dia 24 de outubro.
NO VERMELHO
A dívida pública de Minas hoje é superior a R$ 165 bilhões, sendo que R$ 156 milhões só com a União. No entanto, por decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), o pagamento das parcelas da dívida está suspenso desde o final de 2018. Em 2019, quando Zema assumiu o governo, o passivo era de 114 bilhões, ou seja, um crescimento de quase 40% na gestão do partido Novo.
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Para ajustar as contas públicas, o governo do Estado aposta na adesão ao RRF, medida prevista no Projeto de Lei 1.202/19, desarquivado na última terça (10), e que tem motivado intensos debates no Parlamento mineiro.
Ao criticar as condutas de Zema, a oposição destaca inúmeras contradições do governador, que fez campanha dizendo que colocou “Minas nos trilhos”, mas agora admite que faliu o Estado, mas não sem antes aumentar seu salário em 300%, dar isenção fiscal para amigo bilionário e aumentar impostos para a população.