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Minas Gerais ainda não tem banco com impressões digitais da população

JORNAL O TEMPO: 16/09/24

Segundo presidente do conselho de identificação civil, tecnologia poderia ajudar a melhorar taxa de resolução de homicídios no Estado

Informação do Conadi é que Minas Gerais já teria adquirido a tecnologia, mas que ainda não a implantou (FOTO ILUSTRATIVA)
Informação do Conadi é que Minas Gerais já teria adquirido a tecnologia, mas que ainda não a implantou (FOTO ILUSTRATIVA)

Minas Gerais não tem, em pleno 2024, um banco de dados com as impressões digitais de toda a população. Hoje, no Brasil, somente Goiás, São Paulo, Distrito Federal, Brasília, Rio Grande do Sul e Acre já contam com essa tecnologia. A inexistência do banco dificulta o trabalho dos investigadores que precisam provar o envolvimento de pessoas em crimes de homicídios, entre outros.

O papiloscopista (especialista em impressões digitais) da Polícia Civil de Goiás, Antônio Maciel Aguiar filho, que também é presidente do Conselho Nacional dos Dirigentes de Órgãos de Identificação Civil e Criminal (Conadi), explica que, até 1983, o Brasil não tinha sequer uma organização mínima da identificação civil nacional, sem ao menos padrões de segurança. Os avanços vieram nos últimos anos com a nova Carteira de Identidade Nacional, ainda em implantação no país.

“Isso tem muita ligação com o problema de identificação de suspeitos e desaparecidos, pois os Estados não tinham um sistema automatizado. Se você precisava da ficha de identificação de uma pessoa de Minas Gerais, eram 190 dias para chegar, pois a pesquisa era manual, em fichas de papel. Em 2023, Minas anunciou a aquisição da tecnologia para identificação por digital e facial, mas ainda não implantaram”, detalha.

Apesar da aquisição, ainda conforme Maciel, o sistema é automatizado, e não automático, o que demanda que o Estado invista na qualificação.

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“Minas não tem mais papiloscopista. Hoje o grande problema da Justiça no Brasil é que grande parte dos inquéritos tem como base testemunhas, uma prova frágil. Quando chega ao final, o processo não dá condenação porque não tem materialidade que vincule aquela pessoa ao crime. A impressão digital é uma prova relativamente fácil de levantar no local do crime e chegar ao autor. Nessa realidade nova que se vislumbra, isso será efetivamente possível de acontecer. Em Goiás estamos com uma resolução altíssima”, concluiu o papiloscopista.

Leia a matéria completa no jornal O Tempo

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