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PT diz que Zema investir em publicidade é dar recurso para ‘enganar população’

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O deputado estadual e presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) de Minas Gerais, Cristiano Silveira (PT), declarou ser contra a proposta


O deputado estadual e presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) de Minas Gerais, Cristiano Silveira (PT), declarou ser contra a proposta do governador, Romeu Zema (Novo), de criar uma Secretaria de Comunicação dentro do escopo da reforma administrativa encaminhada à Assembleia Legislativa (ALMG).

O deputado afirmou que a estrutura em publicidade seria parte da pavimentação da persona política de Zema para se lançar a algum cargo nas eleições gerais de 2026 – seja ao Senado, seja à Presidência, ambas possibilidades já aventadas pela base do Novo. 

“Sequer buracos tapados em estradas. Há escolas faltando vagas. Tem coisas mais importantes que fazer publicidade. O governo quer mais dinheiro para continuar a enganar a população”, defendeu, em entrevista ao Café Com Política, da rádio Super 91,7 FM, na manhã desta quinta-feira (16). 

“Temos muita dificuldade nessa privatização da Codemig. Não somos radicais quanto a privatização, mas vamos privatizar áreas estratégicas? É uma empresa superavitária, que precisamos ter maior cuidado. A oposição a priori é contraria a privatização porque não há recompensa ao Estado”, argumenta.

Na conversa, Silveira também criticou os planos de privatização da Codemig, mas ressaltou que o PT não é “radical” em relação a desestatizações. 

Questionado se há possibilidade de que a proposta de reforma administrativa seja aprovada ainda em março na ALMG, o petista se resumiu a dizer que “com alterações, é possível”. Fala ocorreu durante o Bate-Pronto, quando questões objetivas e respostas curtas são esperadas. 

Na mesma sessão, o deputado disse que o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) precisa de alternativas para aprovação, que o diálogo entre Zema e o governo federal, na figura de Lula (PT), é “precário” e classificou a escolha de Marcelo Aro como interlocutor do governo do Estado como “uma decisão do governador”.

A reportagem procurou o governo do Estado para comentar as críticas e aguarda retorno.

JORNAL O TEMPO | 16.03.2023

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