Sobre as tentativas do governo Zema de culpar a oposição pela articulação desastrosa na Assembleia de Minas, que resultou na não votação de projetos importante nesta quinta-feira (29/06/23), o líder do Bloco Democracia e Luta, deputado estadual Ulysses Gomes, esclarece:
O Bloco Democracia e Luta sempre esteve disposto ao diálogo e às construções que beneficiam a população mineira. Desde o início do mandato, pautamos nosso trabalho em prol de um Estado forte, com políticas públicas que atendam, de maneira digna, os mineiros e mineiras.
Ontem, depois de horas de discussões, a reunião extraordinária foi encerrada a pedido da base do Governo do Estado. A oposição, assim como em todos os momentos, estava preparada e a disposição para continuar as discussões e votar os projetos. Ou seja, o reajuste aos profissionais da Educação, e a todos os servidos públicos do Estado, só não foi aprovada porque a reunião foi encerrada.
O descaso do Governo com os temas e com a Assembleia ficou ainda mais evidente já na terça-feira, quando no meio deste processo vem a inesperada e intempestiva exoneração do secretário de governo, responsável pela articulação com a Casa, nos deixando sem interlocutor para a condução do diálogo.
Nosso trabalho é fiscalizar e denunciar o que pode afetar diretamente a população mineira, como o projeto que beneficia com isenção de impostos os empresários amigos do governador e o Regime de Recuperação Fiscal que prevê o congelamento dos salários de todos os servidos e o desmonte de políticas públicas.
O Estado de Minas carece de cuidado. Precisamos de estradas dignas, sem buracos, para circular com segurança; de escolas reformadas, com condições para os professores lecionarem e alunos aprenderem; precisamos fortalecer as políticas em saúde públicas para garantir que os mineiros tenham acesso aos cuidados que necessitarem. É com isso que o Governo de Minas deveria se preocupar.
Infelizmente, os deputados e deputadas do Bloco Democracia e Luta, assim como todos os parlamentares da Casa, não tiveram acesso a dados importantes para que as discussões fossem mais produtivas, como os recursos disponíveis para investimentos nas contas do Estado de Minas, assim como os impactos financeiros, caso o projeto fosse aprovado ou rejeitado.
Não podemos aceitar que os mineiros e mineiras sejam ludibriados com uma narrativa de diminuição das políticas públicas, sem que tenhamos informações concretas para avançar nas discussões. Uma pena que o Governo prefira conduzir dessa maneira, ao invés de ser transparente e debater os projetos no Parlamento.