Resistência e luta ao lado de movimentos populares marcam semestre da oposição ao governo Zema na ALMG
Valorização dos servidores, erradicação da miséria, dívida do Estado, sobrevivência do IPSEMG, greves e manifestações
Valorização dos servidores, erradicação da miséria, dívida do Estado, sobrevivência do IPSEMG, greves e manifestações
O nefasto projeto de Zema tem um conjunto de medidas que irá afundar de vez a principal instituição assistencial dos servidores públicos de Minas Gerais e, junto, os direitos de seus beneficiários. Atualmente, os servidores pagam 3,2% do valor da remuneração para custeio da assistência médica prestada pelo Ipsemg.
Moradores de 16 comunidades afetadas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (Central), em 5 de novembro de 2015, participaram de audiência pública na Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta segunda-feira (17/6/24). Durante a reunião, eles denunciaram a baixa qualidade da água fornecida pela Renova, fundação criada pelas mineradoras Vale, BHP e Samarco para reparar os danos causados pelo crime cometido há quase nove anos. A audiência foi convocada a partir de um requerimento da deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), integrante do Bloco Democracia e Luta.
Representantes da Reitoria, da Associação dos Docentes da Uemg (Aduemg) e dos servidores técnicos e analistas universitários da Universidade do Estado de Minas Gerais participaram de audiência pública da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quarta-feira (13/6/24). A reunião, requerida pelo deputado estadual do Bloco Democracia e Luta e presidente da comissão Betão (PT), teve como objetivo debater as condições de trabalho dos professores e servidores administrativos que reforçaram as cobranças da categoria. Após a audiência, os profissionais participaram ainda de ssembleia Geral de Docentes da Uemg e deliberaram por continuidade na greve iniciada no dia 2 de maio.
A maioria dos trabalhadores e trabalhadoras em educação decidiu na quarta-feira (29/5/24), durante assembleia convocada pelo Sind-UTE/MG, em Belo Horizonte, pela realização de atividades que visam intensificar a luta e a mobilização da categoria contra a política arrocho salarial do governo Zema e pela derrubada do PL 2238/24.
Com o objetivo de verificar as condições de trabalho dos servidores públicos e trabalhadores terceirizados da Farmácia de Minas da Capital, a Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social realizou, na segunda-feira (27/5/24), visita técnica ao local. A ação foi solicitada pelo presidente dessa comissão da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e membro do Bloco Democracia e Luta, deputado Betão (PT).
Por mais de três anos, o governo mineiro permitiu a atividade da mineradora Fleurs Global Mineração no entorno da Serra do Curral, cartão-postal de Belo Horizonte, por meio de autorizações “precárias”, mesmo após graves infrações ambientais sucessivas. A operação da empresa, ré por mineração irregular desde 2023, foi suspensa em março deste ano pela Justiça a pedido do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), após ter provocado danos ambientais e coletivos avaliados pela promotoria em R$ 30 milhões.
Em Ação Civil Pública ajuizada pelos Ministérios Públicos de Minas Gerais e Federal, a Procuradoria pede a condenação do ex-secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato, por abuso de poder econômico. Também são citados o grupo empresarial composto pela Concessionária Rodovias do Triângulo e PR-2 Participações.
Com o desmonte ambiental e o afrouxamento das regras para licenciamento no governo Zema, deputados reforçam a necessidade do tombamento em nível estadual da Pedra Grande, em Itatiaiuçu; da Serra dos Pires, em Congonhas, da Serra de São José, em Tiradentes; e do conjunto de serradas de Piumhi, ameaçadas, principalmente, pela atividade de mineradoras.
Pacientes em macas pelos corredores, em cadeiras sem atendimento, falta de suprimentos básicos, essa é a realidade do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg). O cenário, que parece de guerra, é resultado da falta de investimentos do governo Zema no Ipsemg, que coloca os hospitais do instituto em situação de calamidade, gera sobrecarrega dos profissionais e agride a dignidade dos servidores que dedicaram e dedicam parte da vida ao Estado.